31 de dezembro de 2018

Agostinho da Silva foi um pensador-poeta de uma lusitanidade ecumênica, acreditando ser possível a recuperação das raízes lusitanas a partir do Brasil que guarda o essencial das origens do povo português: o Sebastianismo.
Tiago Moita é autor do romance "O Último Império" (Chiado Editora, 2012). Um livro que faz menção histórica, descritiva e pormenorizada do Quinto Império, da vinda do Encoberto e do futuro de Portugal e do mundo no virar do terceiro milénio, segundo algumas das teses defendidas pelo (saudoso) professor Agostinho da Silva. "O Último Império" é o primeiro romance do escritor Tiago Moita. O primeiro thriller sobre a história oculta de Portugal e os desafios no terceiro milénio. Esta obra é também o primeiro thriller sobre o (verdadeiro) significado do Quinto Império e do regresso de Dom Sebastião a Portugal. Um livro onde grandes figuras da nossa História como Dom Afonso Henriques, Camões ou Fernando Pessoa são protagonistas. Este livro recebeu críticas positivas e rasgados elogios de escritores e autores muito importantes da nossa praça como MIGUEL REAL, MÁRIO CLÁUDIO, LUÍS MIGUEL ROCHA (Autor dos livros O Último Papa e A Mentira Sagrada), ALBERTO S. SANTOS (Autor dos livros A Escrava de Córdova e O Segredo de Compostela), SÓNIA LOURO (Autora dos livros O Cônsul Desobediente e Amália - o romance da sua vida), a terapeuta e autora VERA FARIA LEAL e a professora universitária de Literatura Contemporânea da Universidade do Algarve, escritora e poetisa LUÍSA MONTEIRO. Tiago Moita foi o primeiro autor sanjoanense a ter um romance publicado e distribuído no estrangeiro.

21 de junho de 2018

A Cátedra UNESCO Archai do Programa de Pós-Graduação em Metafísica da UnB,  o Laboratório de Dramaturgia (LADI) da Universidade de Brasília e o Núcleo de Estudos Clássicos do CEAM/UnB convidam para o Mini-Curso Mitologia na Filosofia e na Literatura: Eudoro de Sousa, a ser ministrado por Luís Lóia (UCP, Lisboa). 


As aulas acontecerão nos dias 26 (Terça-Feira) e 28 de junho (Quinta-Feira), das 14:00 às 18:00
Local: Laboratório de Ontologias Contemporâneas do PPG Metafísica: ICC Norte, Subsolo, Módulo 26
Universidade de Brasília. Archai


Luís Lóia é Licenciado em Filosofia, Pós-graduado em Educação para a Cidadania e Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais, pela Universidade Católica Portuguesa (UCP). É Professor Área Científica de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas (FCH) da UCP. Nas suas funções docentes nesta Universidade é também Representante dos Docentes de Filosofia na Comissão Pedagógica da Faculdade de Ciências Humanas, Tutor do Curso de Licenciatura em Filosofia, em regime de b-learning e Coordenador da Pós-graduação em Filosofia para Crianças. Ainda nesta Universidade é Assessor Científico e Investigador do seu Centro de Estudos de Filosofia (CEFi), sendo Editor da sua Revista International Journal of Philosophy and Social Values. Tem também funções docentes na Universidade Europeia, em Lisboa, e no Colégio Manuel Bernardes. É Vice-diretor da Revista Nova Águia: Revista de Cultura para o século XXI e Membro do Conselho Fiscal do Movimento Internacional Lusófono. Tem como principais áreas de interesse académico a Filosofia do Conhecimento, a Ciência Política e o estudo da Filosofia Portuguesa com particular incidência no pensamento de Padre António Vieira, Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e Eudoro de Sousa, áreas onde tem lecionado, investigado e publicado. Atualmente, é também Investigador Integrado no Instituto de Filosofia da Universidade do Porto onde prepara o seu Doutoramento com uma tese intitulada Phylosofia e Phylomytia em Eudoro de Sousa. 

1 de fevereiro de 2018

Pelos vencidos


[...] “A justiça há-de ser para nós amparo criador, consolação 

e aproveitamento das forças que andam desviadas; há-de ter 

por princípio e por fim o desejo de uma Humanidade melhor; 

há-de ser forte e criadora; no seu grau mais alto não a 

distinguiremos do amor.
   Por isso mesmo estarás sempre ao lado dos vencidos que se 

tratam com arrogância, com brutalidade ou com desprezo; 

não te importarás que as suas ideias sejam diferentes das tuas, 

mover-te-á o olhares que são homens e não hás-de duvidar nem 

um momento da infinita possibilidade que neles há de um mais 

definido pensamento e de um mais perfeito proceder; não os vejas 

condenados para sempre à mesma estrada que tomaram; que exista 

para ti a esperança das reflexões e dos regressos.
   Ao teu amigo ou adversário dirás sempre a verdade a respeito dos 

vencidos, sem que te impeçam o afecto ou o ódio: levanta a voz, 

seja qual for o lugar ou o instante, a favor dos que, tombados na 

luta, ainda têm de sofrer as prepotências; protesta, enquanto te 

deixarem protestar, contra a vileza, contra a cobardia dos que esmagam 

quem têm à mercê, dos que torturam os corpos e as mentes, dos que 

se armam contra os desarmados; e, quando não te deixarem protestar, 

protesta ainda.
  Nessa batalha a ninguém feres; vais servir os próprios que censuras; 

pode ser que às tuas palavras se convertam os Césares e deixe o centurião 

tombar a espada; pode ser que os cativos se redimam; mas, se nada 

conseguires de imediato, terás dado ao mundo um exemplo de liberdade 

interior e de firme coragem; terás lançado a tua pedra – e não das menores  – 

para a grande construção; terás ganho para a vida uma força ante a qual, 

mais tarde, se hão-de aplanar os ásperos caminhos e abater os 

alterosos obstáculos.”
  
Agostinho da Silva, in Textos e Ensaios Filosóficos I, 

Âncora Editora, Abril 1999 (p.112,113)