9 de novembro de 2011

Código Florestal



Novo Código Florestal
Um projeto de lei que defende os latifundiários em detrimento do desenvolvimento sustentável

A mobilização contra o novo código florestal está pautada na defesa de uma agenda preservacionista do século passado, pois ignora a necessidade de crescimento econômico do Brasil e nega as incoerências da atual legislação ambiental. Entretanto, a bancada ruralista, defensora do novo código, também age de forma retrógrada.  
Caso a lei atual fosse cumprida de fato, uma área, hoje ocupado por lavouras, superior a nove por cento de todo território nacional deveriam ser reflorestadas, ocasionando prejuízos exorbitantes para pequenos e médios agricultores. Por isso, a elaboração de um substitutivo para a atual legislação ambiental é essencial para o contínuo crescimento econômico brasileiro, tendo em vista que, nos últimos anos, o país experimentou um aumento substancial da demanda por matéria prima (principalmente grãos) de países em desenvolvimento como China e Índia. 
Se, por um lado, a legislação ambiental brasileira é a mais rigorosa do mundo, por outro, é a mais incoerente e intransigente. De acordo com o código atual, mais da metade dos produtores rurais estão na ilegalidade e aqueles que desmataram mais de vinte por cento da propriedade no bioma amazônico, antes da aprovação da norma em vigor, há treze anos, estão obrigados a reconstituí-la mesmo que a Constituição garanta que uma lei só vale a partir da data da promulgação. 
Por mais necessário que seja a atualização das normas de preservação ambiental, nada justifica a atuação da bancada ruralista que, de forma tendenciosa, agregou à proposta emendas  antagônicas ao ideal de desenvolvimento sustentável, evidenciando o anseio dos grandes latifundiários de transformar a lei em  mais um instrumentos de enriquecimento individual. 
Os impactos do substitutivo são tão grandes que os debates multiplicam-se na capital federal e nenhum argumento convence a bancada defensora do novo código de que a proposta, tal como está, é um retrocesso inaceitável. Caso modificações não sejam feitas, caberá a Presidente da República vetar a votação, caso queira mais votos na sua reeleição.

por Aletho Alves, 
estudante da 2ª série do Ensino Médio.
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Bibliografia:
Abrindo a porteira do desmatamento - Le Monde diplomatique Brasil 
O código do atrasoLe Monde diplomatique Brasil 

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