11 de julho de 2011

Festa dos Tabuleiros em Tomar

A grande festa em honra do Espírito Santo, em Tomar, cidade bem no centro de Portugal.
Mais de 700 tabuleiros desfilam hoje pelas ruas.

De Lisboa, comentário de Jorge da Paz Rodrigues, amigo da Casa Agostinho da Silva:

" Tomar foi a sede da Ordem dos Templários em Portugal e foram eles que instituíram o culto do Espírito Santo no país, cerca de 1180.
Tal Ordem foi depois transformada na Ordem de Cristo, a partir de 1300, mercê de laboriosas negociações de El-Rei D. Dinis com o Papa (o rei era por certo um Cavaleiro Templário e daí ter-se oposto à extinção).
Este Rei era precisamente o esposo da Rainha Santa Isabel, que apadrinhou a devoção ao Espírito Santo.
A chamada Festa dos Tabuleiros, em honra do Divino Espírito Santo, só se realiza de 4 em 4 anos e certo é que Tomar, conhecida como cidade Templária, continua a comemorar tal Festa."
JPR








Tomar
Milhares de pessoas assistiram ao cortejo dos Tabuleiros
por Lusa 10 de julho de 2011

Milhares de pessoas encheram este domingo a cidade de Tomar, que se engalanou para assistir ao mais importante dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, que o primeiro-ministro considerou "muito especial".
Pedro Passos Coelho, ao lado da mulher, assistiu, na Praça da República, ao desfile e bênção dos 704 tabuleiros que percorreram cerca de cinco quilómetros de ruas enfeitadas com milhares de flores de papel e ornamentadas com colchas nas varandas e janelas.
"É uma festa muito especial, primeiro porque só ocorre de quatro em quatro anos, segundo porque, como podem ver - e eu também já pude constatar - é uma festa que mobiliza pessoas de todos os pontos do país", disse Pedro Passos Coelho, que se fez acompanhar pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e presidente da Assembleia Municipal de Tomar, Miguel Relvas.
O primeiro-ministro, que pela primeira vez assistiu ao maior dos cortejos da Festa dos Tabuleiros, tendo sido recebido com palmas por muitos populares, acrescentou: "Uma festa realmente impressionante".
A paragem na Praça da República foi um momento de pausa no desfile. Neste local, o bispo de Santarém, Manuel Pelino, procedeu à bênção dos tabuleiros que, depois do terceiro toque do sino, foram, em simultâneo, novamente levantados, prosseguindo o desfile pelas ruas da cidade.
O bispo manifestou o desejo de que a Festa dos Tabuleiros seja inspiradora para a "alegria, justiça e solidariedade".
Nas ruas, repletas de gente que atirava papelinhos de múltiplas cores à passagem dos tabuleiros, houve quem chegasse bem cedo para garantir lugar. Foi o caso de Jaime Rodrigues, oriundo de Santa Maria da Feira, que às 10:40 já tinha tomado lugar próximo da Mata Nacional dos Sete Montes, de onde as centenas de tabuleiros sairiam mais de cinco horas depois.
"Isto é a coisa mais bonita que se faz de quatro em quatro anos. Se não valesse a pena não estaria aqui a fazer o sacrifício que estou a fazer", comentou Jaime Rodrigues à Lusa.
Com uma vista diferente e privilegiada, estava António Guilherme. Nascido em Tomar e a viver em Lisboa, tinha à disposição a varanda da casa da família.
Sem nunca ter falhado o grande cortejo, António Guilherme destacou a originalidade crescente do certame - "sem nunca perder a tradição -, visível na "ornamentação das ruas".
Já Cláudia Silva, de Alcobaça, apontou "a forma como toda a comunidade e os habitantes estão envolvidos".
No cortejo, onde estão representadas as 16 freguesias do concelho, as mulheres, que transportam um tabuleiro com cerca de 15 quilos, desfilam vestidas de branco e com uma fita de cor à cintura ou a tiracolo, a mesma cor da gravata que os respetivos acompanhantes envergam.
Cada tabuleiro, decorado com flores de papel, tem a altura da mulher que o leva à cabeça, sendo constituído por 30 pães e tendo no alto uma coroa com a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo.
A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo, retomada no século passado, tem origem pagã relacionada com a época das colheitas e adquiriu caráter religioso na Idade Média, pela Rainha Santa Isabel, que lançou as bases da Congregação do Espírito Santo.
A festa termina na segunda-feira com o cortejo do bodo, onde são distribuídos pão, vinho e carne pelos mais necessitados do concelho. Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1903313&seccao=centro&page=2












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