24 de maio de 2011

poétiCAS

“Agorapocalipse”

Agora fui
Agora estou
Agora fiquei

Agora ali
Agora aqui
Agora nunca

Agora era
Agora é
Agora sempre

Agora fala-se
Agora cala-se
Agora grita-se

Agora persiste-se
Agora insiste-se
Agora quiçá

Agora marca-se
Agora apaga-se
Agora manifesta-se

Agora há
Agora talvez
Agora acaba

Agora nasce-se
Agora vive-se
Agora definha-se

Agora parte-se
Agora chega-se
Agora jamais

Agora voa-se
Agora pousa-se
Agora pensa-se

Agora limitado
Agora enfim
Agora eternizado...

Escrito em Luanda, Angola, por Manuel Duarte d’Sousa, a 20 de Maio de 2011, em alusão ao “Eterno Agora”...em que vivemos, desde que vimos a luz do dia até ao dia em que voltamos a recolher e à consciência cósmica da central alma eterna...

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