17 de maio de 2011

Momento CAS reflexão

Se prestar mais atenção, vai descobrir que o tronco de árvore em decomposição e as folhas apodrecendo não só dão origem a nova vida, como estão cheios de vida.
Há microorganismos em ação. As moléculas estão se reorganizando.

Portanto não há morte em parte alguma da floresta. Há apenas a transformação da
vida. O que pode aprender com isso?
Aprende que a morte não é contrário da vida. A vida não tem oposto. O oposto da morte é o nascimento. A vida é eterna.

A cultura ocidental ainda nega amplamente a morte. Quando se nega a morte, a vida perde a profundidade. A possibilidade de saber quem somos para além do nome e da forma física
a nossa dimensão transcendental desaparece, pois a morte é a abertura para essa dimensão.
Sempre que uma experiência termina, a forma que essa experiência tinha na sua consciência desaparece. Muitas vezes isso faz com que você sinta um vazio do qual a maioria das pessoas tenta fugir.

Se você aprender a aceitar e até acolher os pequenos e grandes fins que acontecem em sua vida, pode descobrir que o sentimento de vazio que a princípio causou tanto desconforto se transforma num espaço interno profundamente cheio de PAZ.

Perder algo concreto que você inconscientemente identificou como seu pode ser uma experiência muito dolorosa. É como se ficasse um buraco na sua existência.
Quando isso ocorrer, não negue nem ignore a dor e a tristeza que sente.
Aceite-as. Cuidado, porque a mente tem a tendência de construir uma história em torno da perda em que você desempenha o papel de vítima. Preste atenção ao que está por trás dessas emoções, assim como da história que sua mente criou: aquela sensação de buraco, aquele espaço vazio. Você é capaz de encarar o vazio de frente, talvez descubra que ele deixa de ser assustador. E pode se surpreender ao descobrir que há PAZ emanando de LÁ.

A maioria das pessoas sente que sua identidade, sua noção do eu , é algo extremamente precioso e não querem perder. Por isso têm tanto medo da morte.

Parece assustador e inimaginável que o eu possa deixar de existir. O eu que você concebe é apenas uma forma temporária na consciência. Sua essência, seu EU SOU eterno é a única coisa que você não perde nunca.

Aos 20 anos de idade, você sente seu corpo forte e vigoroso; 60 anos depois, sente o corpo mais fraco e envelhecido. Sua forma de pensar certamente não é a mesmo de quando tinha 20 anos. No entanto, a percepção de que seu corpo está jovem ou velho ou de que sua forma de pensar mudou é a mesma. Essa percepção é o que há de eterno em você é a própria consciência. É a vida ÚNICA que assume muitas formas. Você pode perder essa Vida? Não, porque você é Ela.

Às vezes, pessoas muito doentes ou muito idosas ficam, por assim dizer, quase transparentes nas últimas semanas, meses ou até anos de suas vidas. Quando nos olham, é possível ver uma luz brilhando através de seus olhos. Não há mais sofrimento psicológico. Elas se entregaram, e assim o eu autocentrado se dissolveu. Morreram antes de morrer e encontraram uma profunda paz interior pela compreensão de que dentro delas existe algo imortal.

Nos poucos momentos que antecedem a morte física, e à medida que está morrendo, você tem uma experiência de si mesmo como uma consciência livre da forma. A morte então é sentida como ilusória tão ilusória quanto a forma física que você identificava como você.
Entregue-se profundamente a cada aspecto dessa experiência, entregue-se aos seus sentimentos, assim como à dor e ao desconforto que a pessoa à morte possa estar sentindo. Sua entrega e a calma que isso traz vão ajudar muito essa pessoa e facilitar sua transição. Se forem necessárias palavras, elas virão do silêncio que existe dentro de você. (Eckhart Tolle)
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Texto enviado por Jayme Mathias Andrade

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